Tipo mais freqüente de reparação, caracterizado pela neoformação de tecido conjuntivo fibroso (cicatriz), substituindo as células parenquimatosas perdidas; ie com ß na relação Parênquima/Estroma.
A cicatrização pode ocorrer de maneira excessiva, formando o "Queloide", comum nas cicatrizações por 2a intenção [ver abaixo] e nos eqüinos e suínos. Quando ocorre em órgão parenquimatoso, se a massa fibrótica na víscera exceder a reserva funcional do parênquima ["Fibrose ou Carnificação do órgão"] pode-se ter como consequência uma insuficiência.
A cicatrização pode ocorrer de duas maneiras:
por 1a intenção
por 2a intenção
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Regeneração
Regeneração: ou Reconstituição da integridade anatômica e funcional ("Curatio cum restutio ad integrum") sem modificação na relação Parênquima/Estroma - Comum em órgãos com células lábeis e estáveis, portadoras de inflamações agudas exsudativas ( com rápida reabsorção). Exemplos: Pneumonia lobar, hepatite, gastroenterocolites e linfadenites.
A regeneração pode ocorrer de maneira descontrolada ["Regeneração Patológica"] quando o arcabouço de orientação e sustentação das células parenquimatosas - o Estroma - foi também seriamente agredido e não se organiza em tempo hábil para orientar o processo de regeneração. Nesses casos, a regeneração pode ocorrer desordenadamente, resultando numa proliferação de células parenquimatosas sem a preservação da arquitetura tissular do órgão em questão. Exemplo clássico: Proliferação pseudo - regenerativa dos hepatócitos na Cirrose [forma-se nódulos e não traves de hepatócitos].
A regeneração pode ocorrer de maneira descontrolada ["Regeneração Patológica"] quando o arcabouço de orientação e sustentação das células parenquimatosas - o Estroma - foi também seriamente agredido e não se organiza em tempo hábil para orientar o processo de regeneração. Nesses casos, a regeneração pode ocorrer desordenadamente, resultando numa proliferação de células parenquimatosas sem a preservação da arquitetura tissular do órgão em questão. Exemplo clássico: Proliferação pseudo - regenerativa dos hepatócitos na Cirrose [forma-se nódulos e não traves de hepatócitos].
OCRONOSE
Ocronose ou alcaptonúria é uma condição mórbida, rara, devido a um erro inato do metabolismo da fenilalanina e tirosina, transmitido de forma autossômica recessiva. Resultando na deficiência completa da enzima ácido homogentísico oxidase (HGO), causada por mutação no gene 3q (3q21 – q23), levando ao acúmulo do ácido em diversos órgãos e tecidos, com aumento de sua excreção urinária. As manifestações clinicas caracterizam-se por pigmentação sepia da esclera e das cartilagens da orelha e do nariz. Observa-se ainda, coloração negra e pardo-esverdeada das secreções sebáceas.
As manifestações osteoarticulares surgem por volta de 30 anos, como uma artropatia crônica, provocada pela infiltração do ácido gentisico nas cartilagens articulares. Na coluna vertebral, lembram a espodiloartrose, com extensa calcificação dos discos intervertebrais, especialmente na região lombar; a calcificação e a ossificação incluem a sínfese púbica, a cartilagem costal, os ligamentos e os tendões periféricos. A calcificação progressiva dos discos intervertebrais leva a formação de pontes osseas, originando a imagem radiológica de “coluna em ferrovia”. No esqueleto periférico, os joelhos, os quadris e os ombros são mais acometidos da formação de osteofitos e cistos subcondrais, devido a doença articular degenerativa.
O depósito de pigmento ocronótico pode ocorrer, também, na membrana timpânica e ossículos do ouvido médio causando hipoacuisa ou surdez. Na pele exibe coloração azul enegrecida em regiões de alta concentração de glândulas sudoríparas e de tecido cartilaginoso.
O pigmento ocronótico pode formar cálculos na bexiga, rins, ureteres e uretra. O local mais acometido é a próstata, cujo pH alcalino resulta na rápida polimerização do ácido homogentísico. Os cálculos resultam tanto em obstrução
– Artropatia ocronótica não apresenta cura até o presente momento, pois a deficiência da enzima não pode ser tratada. Deve ser feita restrição de tirosina e fenilalanina da dieta, o que reduziria a excreção do ácido homogentísico na urina. Alguns estudos sugerem que altas doses do ácido ascórbico previnam a interação do pigmento ocronótico com os tecidos. Ensaios clínicos estão avaliandoesical como prostática, ocorrendo infecções repetidas do trato urinário e uremia.
Diagnóstico diferencial – O diagnóstico diferencial deve incluir artropatia hemofílica, sinovite vilonodular pigmentada, artropatia associada a hemocromatose e espondilite anquilosante.
Tratamento – Artropatia ocronótica não apresenta cura até o presente momento, pois a deficiência da enzima não pode ser tratada. Deve ser feita restrição de tirosina e fenilalanina da dieta, o que reduziria a excreção do ácido homogentísico na urina. Alguns estudos sugerem que altas doses do ácido ascórbico previnam a interação do pigmento ocronótico com os tecidos. Ensaios clínicos estão avaliando a eficácia do nitisinose, inibidor da enzima precursora do ácido homogentísico.A terapêutica atual baseia-se em medidas sintomáticas como o uso de analgésicos, antiinflamatórios não-hormonais (AINHs), fisioterapia, infiltração intra-articular com corticóide. Finalmente, artroplastia de ombros, quadris e joelhos se faz necessária naqueles casos graves de artropatia ocronótica.
As manifestações osteoarticulares surgem por volta de 30 anos, como uma artropatia crônica, provocada pela infiltração do ácido gentisico nas cartilagens articulares. Na coluna vertebral, lembram a espodiloartrose, com extensa calcificação dos discos intervertebrais, especialmente na região lombar; a calcificação e a ossificação incluem a sínfese púbica, a cartilagem costal, os ligamentos e os tendões periféricos. A calcificação progressiva dos discos intervertebrais leva a formação de pontes osseas, originando a imagem radiológica de “coluna em ferrovia”. No esqueleto periférico, os joelhos, os quadris e os ombros são mais acometidos da formação de osteofitos e cistos subcondrais, devido a doença articular degenerativa.
O depósito de pigmento ocronótico pode ocorrer, também, na membrana timpânica e ossículos do ouvido médio causando hipoacuisa ou surdez. Na pele exibe coloração azul enegrecida em regiões de alta concentração de glândulas sudoríparas e de tecido cartilaginoso.
O pigmento ocronótico pode formar cálculos na bexiga, rins, ureteres e uretra. O local mais acometido é a próstata, cujo pH alcalino resulta na rápida polimerização do ácido homogentísico. Os cálculos resultam tanto em obstrução
– Artropatia ocronótica não apresenta cura até o presente momento, pois a deficiência da enzima não pode ser tratada. Deve ser feita restrição de tirosina e fenilalanina da dieta, o que reduziria a excreção do ácido homogentísico na urina. Alguns estudos sugerem que altas doses do ácido ascórbico previnam a interação do pigmento ocronótico com os tecidos. Ensaios clínicos estão avaliandoesical como prostática, ocorrendo infecções repetidas do trato urinário e uremia.
Diagnóstico diferencial – O diagnóstico diferencial deve incluir artropatia hemofílica, sinovite vilonodular pigmentada, artropatia associada a hemocromatose e espondilite anquilosante.
Tratamento – Artropatia ocronótica não apresenta cura até o presente momento, pois a deficiência da enzima não pode ser tratada. Deve ser feita restrição de tirosina e fenilalanina da dieta, o que reduziria a excreção do ácido homogentísico na urina. Alguns estudos sugerem que altas doses do ácido ascórbico previnam a interação do pigmento ocronótico com os tecidos. Ensaios clínicos estão avaliando a eficácia do nitisinose, inibidor da enzima precursora do ácido homogentísico.A terapêutica atual baseia-se em medidas sintomáticas como o uso de analgésicos, antiinflamatórios não-hormonais (AINHs), fisioterapia, infiltração intra-articular com corticóide. Finalmente, artroplastia de ombros, quadris e joelhos se faz necessária naqueles casos graves de artropatia ocronótica.
PIGMENTAÇÃO ENDÓGENA
A pigmentação endógena pode ser dividida em dois grupos: grupo dos pigmentos hemáticos ou hemoglobinógenos, oriundos da lise da hemoglobina, e grupo dos pigmentos melânicos, originados da melanina.
PIGMENTOS HEMÁTICOS OU HEMOGLOBINÓGENOS
Hemossiderina: resultado da polimerização do grupo heme da hemoglobina, a hemossiderina é uma espécie de armazenagem do íon ferro cristalizado. Este se acumula nas células, principalmente do retículo endotelial. É originada da lise de hemácias, de dieta rica em ferro ou da hemocromatose idiopática (alteração da concentração da hemoglobina nos eritrócitos).Sua cor é amarelo-acastanhado.
Porfirinas: pigmento originado semelhantemente à hemossiderina, sendo encontrado mais na urina em pequena quantidade. Quando há grande produção deste, pode ocasionar doenças denominadas de "porfirias".
PIGMENTOS HEMÁTICOS OU HEMOGLOBINÓGENOS
Hemossiderina: resultado da polimerização do grupo heme da hemoglobina, a hemossiderina é uma espécie de armazenagem do íon ferro cristalizado. Este se acumula nas células, principalmente do retículo endotelial. É originada da lise de hemácias, de dieta rica em ferro ou da hemocromatose idiopática (alteração da concentração da hemoglobina nos eritrócitos).Sua cor é amarelo-acastanhado.
Porfirinas: pigmento originado semelhantemente à hemossiderina, sendo encontrado mais na urina em pequena quantidade. Quando há grande produção deste, pode ocasionar doenças denominadas de "porfirias".
Pigmentação exógena
ANTRACOSE: pigmentação por sais de carbono. Comum sua passagem pelas vias aéreas, chegando aos alvéolos pulmonares e ao linfonodos regionais por intermédio da fagocitose do pigmento. A antracose em si não gera grandes problemas, mas sua evolução pode originar disfunções pulmonares graves, principalmente em profissionais que constantemente entram em contato com a poeira de carvão. Cor: varia do amarelo-escuro ao negro.
SIDEROSE: pigmentação por óxido de ferro. Cor: ferrugem.
ARGIRIA: pigmentação por sais de prata. Geralmente é oriunda por contaminação sistêmica por medicação, manifestando-se principalmente na pele e na mucosa bucal. Cor: acinzentada a azul-escuro e enegrecida se a prata sofrer redução.
BISMUTO: Atualmente é rara de ser vista, sendo comum na terapia para sífilis. Cor: enegrecida.
SIDEROSE: pigmentação por óxido de ferro. Cor: ferrugem.
ARGIRIA: pigmentação por sais de prata. Geralmente é oriunda por contaminação sistêmica por medicação, manifestando-se principalmente na pele e na mucosa bucal. Cor: acinzentada a azul-escuro e enegrecida se a prata sofrer redução.
BISMUTO: Atualmente é rara de ser vista, sendo comum na terapia para sífilis. Cor: enegrecida.
Pigmentação dentária por Clorexidina
O processo de pigmentação causado pela clorexidina ainda não é totalmente conhecido, mas hábitos alimentares e de higiene, além do tabagismo, podem ser potencializadores do processo 7. Acredita-se que a formação das manchas pode estar associada à formação de compostos derivados das reações que se processam entre a clorexidina e substâncias presentes na boca, muitos deles derivados da dieta, como por exemplo, o ferro 29. A ingestão de chá e café, concomitantemente ao uso da clorexidina, por exemplo, causa acentuação no quadro de pigmentação 22. Uma análise de diferentes superfícies dentais pigmentadas pela clorexidina e a sua relação com a presença de moléculas metálicas e sulfúricas levaram à conclusão de que partículas metálicas e sulfúricas contribuem para a pigmentação mais acentuada dos dentes quando se faz uso da clorexidina
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Esteatose hepática
Também conhecida como degeneração gordurosa do fígado, é um achado comum que consiste no acúmulo de triglicerídeos e outros lipídios (gorduras) nas células do fígado, os hepatócitos. A esteatose hepática não é uma doença. É uma alteração morfofisiológica dos hepatócitos que ocorre em conseqüência de diversas desordens metabólicas. É a enfermidade crônica mais comum do fígado. Na esteatose grave, os lipídios constituem até 40% do peso do fígado, e o peso desse órgão pode aumentar de 1,5 kg até 4,9 kg. A esteatose em geral é reversível apenas pela eliminação da causa. Temos que ter em mente, em contrapartida, que a esteatose pode ser a causa de infecções recorrentes e pode causar morte súbita pela migração de êmbolos de gordura originada do fígado para os pulmões.
Degeneração do Disco Intervertebral Lombar
A degeneração do disco intervertebral é um problema na região lombar que pode ocasionar complicações como estenose espinhal, espondilolistese e retrolistese. Na verdade a degeneração do disco intervertebral não é uma doença, mas uma condição degenerativa que pode causar dor e afetar sua qualidade de vida.
A degeneração de disco é parte normal do processo de envelhecimento e geralmente não é um problema. Porém, quando o esporão do osso cresce adjacente aos discos, eles podem pinçar ou colocar pressão nas raízes dos nervos próximas ou canal espinhal, ocasionando dor.
Envelhecimento é a causa mais comum de degeneração do disco. À medida que o corpo envelhece, os discos na espinha desidratam e perdem a capacidade de agir com absorvedores de choque entre as vértebras. Os ossos e ligamentos que constituem a espinha também ficam menos flexíveis e mais espessos. Diferente dos músculos, há pouco suprimento de sangue para os discos, de modo que falta a eles a capacidade de repararem-se por si mesmos.
A degeneração de disco é parte normal do processo de envelhecimento e geralmente não é um problema. Porém, quando o esporão do osso cresce adjacente aos discos, eles podem pinçar ou colocar pressão nas raízes dos nervos próximas ou canal espinhal, ocasionando dor.
Envelhecimento é a causa mais comum de degeneração do disco. À medida que o corpo envelhece, os discos na espinha desidratam e perdem a capacidade de agir com absorvedores de choque entre as vértebras. Os ossos e ligamentos que constituem a espinha também ficam menos flexíveis e mais espessos. Diferente dos músculos, há pouco suprimento de sangue para os discos, de modo que falta a eles a capacidade de repararem-se por si mesmos.
Osteoartrite
A osteoartrite é uma afecção degenerativa da cartilagem hialina
articular que acomete, mais frequentemente, pessoas acima
dos 50 anos de idade. Manifesta-se por dor, rigidez e prejuízo
funcional da articulação atingida. Classifi ca-se em primária (ou
idiopática) e secundária. Alguns fatores de risco são genética,
etnia, idade, sexo, obesidade, atividades ocupacionais e alterações
biomecânicas articulares. Quaisquer que seja a localização e a
causa, a patogênese se constitui em mudanças catabólicas, com
inibição da síntese e tentativa de reparo da matriz cartilaginosa.
Ações de metaloproteinases e de citocinas (IL-1, IL-6 e TNF-
são responsáveis pelos sinais infl amatórios que ocorrem e pela
degradação da cartilagem. As formas mais freqüentes de osteoartrite
periférica ocorrem em joelho, coxofemoral e mão, sendo a dor o
sintoma mais importante, quase sempre desproporcional aos
achados radiológicos. O diagnóstico se fundamenta nos aspectos
clínicos, laboratoriais e de imagem. As associações científi cas
recomendam um roteiro de tratamento que envolve recursos não
farmacológicos (educação, fi sioterapia, órteses), farmacológicos
(analgésicos, antiinfl amatórios, infi ltrações de corticóides,
viscossuplementação, medicamentos de ação lenta) e cirurgia. A
artroplastia parece ser a mais efetiva das medidas, mas é restrita a
casos que não responderam às outras ações.α)
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